Descarbonização nos transportes depende de políticas públicas e tecnologias

Um dos painéis do Summit Mobilidade 2024 discutiu uma questão extremamente importante para a mobilidade brasileira: os caminhos para acelerar a descarbonização nos transportes. No Brasil, todo o ecossistema envolvido na mobilidade vem se movimentando a fim de reduzir a pegada de carbono.

Segundo Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a primeira medida do setor é reconhecer que a indústria automotiva polui e precisa se esforçar para diminuir o mais rápido possível o nível de emissões de dióxido de carbono (CO2). “Uma das soluções é utilizar combustíveis biovegetais e investir na eletrificação da frota”, avalia. “Temos uma frota velha no Brasil e, por isso, a renovação seria uma contribuição fundamental.”

Marcelo Nunes, vice-presidente da Indigo Brasil, cita duas medidas empregadas pela empresa. “Porta adentro, colocamos em prática diversas atividades para mitigar as emissões, como o uso de placas solares e veículos elétricos nas tarefas internas. Porta afora, ajudamos na mobilidade urbana, com a organização de nossos estacionamentos – sem que os carros circulem lá dentro até achar uma vaga – e nas áreas de zona azul das cidades, por exemplo”, afirma.

Segundo Nunes, quando há uma gestão adequada desses lugares, o desafogo no trânsito chega a 30%, causando, consequentemente, a redução das emissões de CO2.

Vantagens do ônibus elétrico

Para Iêda de Oliveira, diretora executiva da Eletra, a descarbonização dos transportes passa pela eletrificação. Ela fala das vantagens dos ônibus movidos a bateria. “Um ônibus elétrico em circulação deixa de emitir 102 toneladas de CO2 por ano. Isso equivale ao plantio de 6.400 árvores”, garante.

Ieda conta que a Eletra tem sido muito atuante, mas o Pais está aquém do que deveria no transporte público sustentável. “É impossível falar de transporte público eletrificado sem que existam políticas públicas. A falta de incentivo trava o avanço da eletromobilidade”, acredita.

A diretora da Eletra vai além, ao dizer que a indústria nacional de ônibus elétricos está na UTI. “Não dá para fazer frente com a competitividade da China sem que o Governo Federal crie mecanismos para nos ajudar”, completa.

Leia a matéria completa no Mobilidade Estadão.

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