A Declaração de Paris, de dezembro de 2015, traçou uma meta global de 100 milhões de veículos elétricos (VE) em circulação em todo o mundo até 2050.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado de veículos movidos a combustível não fóssil tende a crescer significativamente a partir da Conferência Sobre Mudanças Climáticas (COP 21), realizada na França.
A COP 21 foi a mais ambiciosa iniciativa das Nações Unidas para controlar o aquecimento global.
A maioria dos países signatários do Acordo de Paris – entre eles, Estados Unidos, China e Brasil – assumiu compromissos de corte das emissões de gases do efeito estufa.
O objetivo é reduzir o ritmo de aumento do aquecimento global para menos de 2º graus centígrados nas próximas décadas.
METAS NACIONAIS
Muitos países anunciaram metas concretas de mudança da matriz de combustível do transporte público e particular.
Áustria, Dinamarca, França, Holanda, Portugal e Reino Unido declararam que pretendem ter uma frota de veículos elétricos superior a 10% da frota total de cada país, até 2020.
China, Alemanha, Irlanda, Japão e oito estados americanos (Califórnia, Connecticut, Maryland, Massachusetts, Nova York, Oregon, Rhode Island e Vermont) assumiram o compromisso de chegar a um estoque de VEs entre 5% e 10% dos respectivos totais, em 2020.
Os países escandinavos – sempre na liderança dos programas de sustentabilidade ambiental – foram os mais radicais.
Dinamarca, Noruega e Suécia fixaram a ambiciosa meta de plena descarbonização de suas economias até 2050 – portanto, mudando a matriz energética não apenas dos transportes. Finlândia comprometeu-se com 80%.
PROJEÇÕES
A Declaração de Paris projeta uma frota global de 20 milhões de VEs em 2020, de 40 milhões em 2015 e de 100 milhões em 2050.
Já o cenário da Agência Internacional de Energia é mais ambicioso.
Para atingir a meta de até 2ºC de aquecimento global, a agência da OCDE projeta uma frota de 20 milhões de VEs em 2020, de 60 milhões em 2025 e de nada menos do que 140 milhões em 2050.
Ainda que não sejam alcançadas exatamente conforme as previsões, o impacto dessas metas já representa um portentoso desafio para as lideranças políticas de todos os países e uma imensa oportunidade para a economia global.
Uma oportunidade que países como o Brasil – com seu amplo mercado de transporte e invejável potencial de geração de energia elétrica – deveriam começar a aproveitar já a partir de hoje.
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