Com patrocínio Eletra, alunos da equipe EletraBuzz saem na frente no projeto e-Kar

O ano de 2019 foi especial para um grupo de estudantes da Fatec Zona Sul Dom Paulo Evaristo Arns, no Jardim São Luís, na região de M’Boi Mirim, periferia de São Paulo.

Com patrocínio da Eletra, eles assumiram o desafio de desenvolver um carro elétrico monoposto (só para o piloto), capaz de competir em condições de igualdade com projetos semelhantes de diferentes escolas técnicas do mundo.

E conseguiram!

Alunos falam do projeto EletraBuzz: tecnologia e trabalho em equipe

Sob coordenação dos professores Leônidas Alvarez Neto e Manoel Belém, a equipe EletraBuzz é um dos destaques brasileiros do projeto e-Kar.

A meta foi criar um veículo elétrico esportivo de competição segundo os critérios técnicos do Programa Green Power Mundial.

PATROCÍNIO

Principal indústria brasileira de ônibus elétricos e híbridos, a Eletra-Tecnologia de Tração Elétrica imediatamente percebeu a importância de ser um dos patrocinadores da EletraBuzz.

“Esses alunos são a futura geração de engenheiros brasileiros inteiramente focados em eletromobilidade e sustentabilidade ambiental; não tivemos a menor dúvida em apoiá-los” – disse Iêda de Oliveira, diretora executiva da Eletra.

O projeto e-Kar faz parte do Programa de Aprendizagem Ativa introduzido no Brasil pela empresa Ecatú LearnSteam, com base na metodologia STEM-PBL, que incentiva o empreendedorismo e o trabalho em equipe a partir da resolução de problemas.

“STEM-PBL” é um acrônimo em inglês que significa “Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – Aprendizagem Baseado em Problemas”.

Durante mais de um ano, os alunos de logística da Fatec Dom Paulo Evaristo Arns dedicaram-se a criar um veículo elétrico competitivo e, ao mesmo tempo, desenvolver uma marca e uma identidade visual para o projeto.

Os protótipos do veículo da equipe EletraBuzz ficaram prontos no final de 2019 e, agora, estão em condição de disputar campeonatos de tecnologia em qualquer país.

PBL

A metodologia PBL (Problem-Based Learning), ou Aprendizagem Baseada em Problemas, começou a ser aplicada em  1969 na Universidade McMaster, em Hamilton, Canadá.

Foi desenvolvida por professores insatisfeitos com os índices de evasão escolar e os resultados das aulas tradicionais. O foco é incentivar o trabalho em equipe e a atitude inovadora entre os alunos.

Praticamente na mesma época, experiências semelhantes em PBL ocorreram nos Estados Unidos (Universidade de Michigan), Holanda (Universidade de Maastricht) e Austrália (Universidade de Newcastle).

Nas últimas décadas, a metodologia tem sido adotada em vários outros países.

Equipe E-Kar, com os coordenadores Leônidas Alvarez (1º à esq.) e Manoel Belém (2º à esq.)

No Brasil, entre outros objetivos, o método PBL procura combater as altas taxas de evasão escolar nos cursos de engenharia, ciências e matemática (STEM).

Só em engenharia, a evasão chegou a 60% nas universidades do Nordeste, no final dos anos 90; hoje, as taxas oscilam entre 30% e 40%, dependendo da região.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2015 apenas 5% dos alunos brasileiros formados em cursos superiores eram da área de engenharia.

Nos países da OCDE, por exemplo, esse índice era de 12% em 2015; na Coreia do Sul, de 22%.

 

 

 

 

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  1. Manoel Belem says:

    Foi uma experiência extraordinária, sob vários aspectos:
    Alem do conhecimento construído pelos jovens da FATEC, aconteceu algo muito significativo sob o ponto de vista sócio comunitário. As implicações transcenderam os limites de criarmos jovens com atitude, desenvoltura, discernimento e prontos para lidar com os conflitos que aparecem no cotidiano profissional e pessoal.
    Aprendi muito com o Prof. Lêonidas como fazer acontecer na adversidade e como se faz o Brasil que vai dar certo.
    Quem quiser ver mais fotos clique aqui: http://bit.ly/albumFATEClog19
    Empresas como a Eletrabus não esperam acontecer, fazem !

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