O prefeito João Doria afirmou nesta segunda-feira (26/3) que São Paulo saltará diretamente do transporte a diesel para o transporte elétrico, na troca da atual frota de ônibus para veículos não poluentes.
“Não será nem para o combustível a álcool e nem para o gás, será um salto imediato para o transporte a bateria” -garantiu o prefeito na abertura do fórum Mitos e Fatos Sobre Mobilidade Urbana, promovido pela rádio Jovem Pan.
ZONA MUV
Além do edital que a Prefeitura lançou em dezembro para renovar os contratos da frota de ônibus paulistana, Doria disse que investirá na mobilidade elétrica no centro da cidade.
Referia-se aos preparativos para lançar uma Zona MUV (mobilidade urbana verde), livre de combustíveis fósseis, por meio de um projeto pilotado pelo arquiteto Jaime Lerner.
“É um novo sistema de transporte na área central, que vai garantir maior sustentabilidade, maior respeito ao meio ambiente e maior funcionalidade às pessoas que circulam pelo centro, com transporte a bateria elétrica”.
O projeto prevê captação de energia solar para recarregar os veículos elétricos (ônibus e automóveis) em circulação nessa zona MUV.
Doria também elogiou o Governo Federal por ter zerado o Imposto de Importação de veículos elétricos (em outubro de 2015).
Dirigindo-se ao ministro das Cidades Alexandre Baldy, também presente ao debate, disse que o corte do imposto incentivará a mobilidade elétrica “tanto individual quanto coletiva”.
E destacou os investimentos feitos em São Paulo por fabricantes de veículos elétricos da China, Estados Unidos e Europa, sem citar marcas.
ELEIÇÕES
Doria deverá deixar o cargo de prefeito para concorrer ao Governo do Estado no dia 6 de abril. Em seu lugar ficará o atual vice-prefeito Bruno Covas.
A data de desincompatibilização coincide com o prazo para o lançamento da versão final do edital com as regras da futura licitação para renovar os contratos entre a Prefeitura e as empresas de ônibus.
A primeira versão do edital foi publicada no dia 20 de dezembro, prevendo um rígido cronograma de conversão das frotas de ônibus a diesel por ônibus não poluentes.
Outra medida importante foi a nova lei ambiental do município, que prevê prazo máximo de 20 anos para toda a frota de ônibus (14.400 veículos) ser movida a combustível não fóssil.
Embora aprovada pela Câmara Municipal em dezembro e sancionada pelo prefeito em janeiro, a Lei 16.802/2018 aguarda a regulamentação de seus principais artigos para tornar-se efetiva no controle da poluição.
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